Naquele tempo éramos deuses.
De nós mesmos e uns dos outros.
Fomos uns dos outros, talvez mais que deuses.
A constância dos hábitos transviados
Não cresceu. Atrofiou-se no calendário.
Sou agora um mero ateu, nada de deuses.
Éramos caretas. Depois descobri.
Haviam os outros, mais loucos, e nós.
Eu era eu. Vocês eram dos outros.
Fomos loucos para mim.
E ainda há o álbum de nós, como deuses.
Enquanto, caretas, estão fotografados os seus outros.
Cultua os seus loucos.
E aos poucos.
Morremos
De caretas que fomos.
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Assinar:
Postagens (Atom)