sábado, 20 de outubro de 2007

Sonata da luz da lua


Um som profundo e aveludado
faz formar inúmeras imagens
cada nota em suas margens
se fazem agressivas e apaixonadas

Um piano solitário
no centro do escuro salão
o ar da triste solidão
e a execução de um pranto raro

Rasga o vento com teu choro
oh,pianista e tuas mágoas
cada nota como a água
de teus olhos sem consolo

Dedilha estas notas que imagina
cada tecla uma parte de sua canção
dedilhando assim meu coração
faz o fundo de minha sina

Sei que choras como eu
mas teu jeito de chorar
senhor solitário,é tocar
bem mais belo que o meu

E ainda ouço a sonata morrendo...
pouco a pouco,em tuas mãos.

Um comentário:

Cássio Amaral disse...

Tunguei esse poema e postei no meu blog!

Abração.