domingo, 4 de novembro de 2007

Lapidações

Me lapido ouro-de-tolo
e em controvérsia grafo seu nome
preto em amarelo com linhas
ferindo, ardente, o meu.
Pouso o rosto sobre uma das mãos
e o dedo mínimo, seguido do anular tateam o roxo-preto da insônia.
Constante, penso: Quando virá, quem será.
E ao sentir o queimar da coronária
[re]construo toda uma imagem de alguém,
alguém que, profundo, conheço, mas não sei quem é.
Me lapido, agora, diamante.
Demasiado puro para macular-me em seu beijo.
Ou seria o contrário?
Ás vezes só almejo uma coisa:
Que nossos corpos abriguem os mesmos delírios
e reciprocamente proporcionemo-nos um incontestável gozo, um júbilo incessável.
O mais próximo possível do ser-feliz-em-excesso
Mas me lapido vidro, transparente, límpido
e não te lapidas.
E se faz, lapida-se pedra-sabão, escura, embaçada.
Indecifrável.

3 comentários:

Anônimo disse...

Graças à Deus você saiu, tá melhor brou!
Daqui da aldeia dos Araxás eu rezo, vibro, oro e torço por ti.
Sua lapidação em palavras estão muito boa também. O sofrimento é luz sim, e isso fez você definir muito bem no seu poema.
Poemaço!
Abração.

ca-mi-la! disse...

eu gostaria de ter tido noticias deste acontecimento, gostaria de que tivessem me contado antes, queria ter-me-ido levar-te flores acordado teu sono com o mais doce cheiro das rosas pre colhidas!
...mesmo assim fico feliz, estás bem, isso que importa!
sinto tua falta menino;

Anônimo disse...

Edu, que bom que floresceu e abriu mais um botão nesta curta e mágica vida...
Lindo poema. Linda alma vc tem.
Que a lapidação seja constante à tua e a todas as vidas, para que caminhemos rumo ao arco-íris e nossa alma possa nos levar além...
Felicidades, meu amigo.
Estarei aqui vibrando muita luz em teu caminho.
Beijos com amor, Cris